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Tecnologia interativa para treinamento de profissionais da área de segurança

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Boa parte da população brasileira já tem noção da importância dos profissionais que trabalham com segurança pública e privada, realizarem treinados que permitam que os mesmos possam exercer de forma adequada suas rotinas de trabalho do dia-a-dia. Contudo, como operacionalizar este treinamento de forma a atender um custo/benefício que seja plausível. É fato que treinar profissionais de segurança é custoso e muitas vezes de difícil operacionalização. Além disso, é fundamental realizar, além de um treinamento físico e tático, um treinamento envolvendo a postura e a verbalização desse profissional. Para treinar as questões do físico e o tático existem diversas técnicas incorporadas nas forças policiais e segurança privada que vão desde destreza de tiros com arma de fogo até defesa pessoal. Contudo para o treinamento da postura e verbalização, é fato; existem poucas ferramentas e métodos que possam ser eficientes para um grande número de profissionais que precisam praticar diariamente os conceitos envolvidos com estas questões.

Quando se pensa, por exemplo, em um efetivo de milhares de profissionais de segurança no Brasil, isto se torna uma equação complexa e de difícil solução. Como treinar de forma eficiente a questão da postura e verbalização para que possam reagir satisfatoriamente as várias situações da rotina diária de um profissional de segurança. Essa dinâmica de atividades requer que as ferramentas sejam inovadoras e que sejam baseadas em tecnologias interativas para poder atender de forma mais eficiente esta escalabilidade crescente.

Diante dessa oportunidade, a empresa Cientistas de São Carlos (SP) desenvolveu com o apoio financeiro da FAPESP, FINEP e CNPq, o primeiro sistema interativo para treinamento de segurança baseado em reconhecimento de voz e cenários 3D com um custo acessível para o mercado brasileiro. O sistema busca “transportar” os usuários para uma realidade mais próxima do cotidiano de trabalho, permitindo que os mesmos possam treinar suas atitudes e ter uma formação mais adequada, permitindo assim, que desempenhem suas funções de forma mais segura e eficaz. A atitude verbal de um profissional na área de segurança deve ser estimulada e para isto, é importante simular as potenciais situações e na ocorrência dessas situações façam com que ele tenha atitude correta diante do ocorrido. Isto deve ser treinamento periodicamente. Como o corpo, a mente deve ser estimulada e treinada para reagir corretamente.

Para o diretor de tecnologia da Cientistas, Antonio Valerio Netto que é doutor em computação pela USP com MBA em Marketing pela FUNDACE/FEA-RP/USP, “um sistema de treinamento baseado em simuladores prove um grau de assimilação muito maior do conhecimento transmitido pois é uma tecnologia que promove estímulos visuais, sonoros e interativos, o que viabiliza um ganho de qualidade no aprendizado do usuário”. Para Rodrigo Soto, diretor da BlackSpecialOps, empresa especializada em equipamentos para área de segurança e que por 14 anos trabalhou nas áreas de gestão de risco e de segurança nacional na Australiana, “os profissionais brasileiros possuem poucas oportunidades de treinar rotineiramente a abordagem oral devido a ausência de uma ferramenta de trabalho prática e que permita escalabilidade, isto é, treinar muitas pessoas em um curto período de tempo para não tirar estes profissionais por longo tempo de suas rotinas de trabalho diária”. Rodrigo salientar que treinar a atitude de um profissional de segurança é fundamental para estabelecer a ordem e a sensação de segurança que vai ser importante para o Brasil principalmente devido aos eventos esportivos de grande magnitude que ocorrerá no país nos próximos anos. Para ele, existe uma grande demanda e pouco tempo para treinar todos os profissionais que estarão envolvidos na segurança dos eventos.


Transferência de tecnologia é tema de conferência entre Brasil e EUA

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No último mês de setembro ocorreu a segunda conferência de inovação Brasil-EUA. O evento ocorreu na cidade de Washington, capital dos EUA. O evento foi organizado pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) em parceria com o MBC (Movimento Brasil Competitivo) e Concil on Competitiveness. Estiveram presentes diversos líderes de ambos os países como o presidente da ABDI, Dr. Reginaldo Arcuri, o CEO da Deere & Company, Samuel Allen, Lee McIntire, CEO da CH2M HILL, entre outros.

Da cidade de São Carlos (SP) estiveram presentes o Prof. Dr. Paulo Ignácio de Almeida diretor executivo da agência de inovação da UFSCar e o coordenador do núcleo regional de inovação (NRI) do CIESP de São Carlos e região, Dr. Antonio Valerio Netto, da empresa Cientistas. Inclusive, Valerio Netto, foi o redator da mesa redonda que discutiu o tema envolvendo a transferência e comercialização de tecnologia. Nesta mesa estavam entre outras autoridades brasileiras, o Dr. Ruben Dario Sinisterra, presidente do Fortec, Dra. Lucia Mello presidente do CGEE, o presidente do Inmetro, Dr. João Alziro Herz da Jornada e o Sr. Carlos Roberto Rocha Cavalcante, superintendente do CNI/IEL.

Na fase das discussões da mesa redonda, dois temas iniciais foram apresentados, o primeiro tema tratou de quais as grandes barreiras ou facilitadores para identificação e proteção da propriedade intelectual e o segundo tema foi referente a possíveis relatos por parte dos próprios participantes de práticas de sucesso (casos de sucesso) envolvendo a transferência de tecnologia a partir de pesquisas acadêmicas para o mercado consumidor. Baseados nesses dois pontos, novas questões foram citadas, como por exemplo, sobre qual o correto papel da universidade no Brasil neste processo de transferência de tecnologia; a ausência de profissionais em uma quantidade adequada no País que dominam a construção de uma ponte entre a pesquisa acadêmica e o mercado, o chamado “technological business manager”, além da questão do fomento a pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) no Brasil realizado por órgãos do governo federal e estadual que timidamente promovem a criação e/ou consolidação de uma indústria de P&D&I no Brasil. As empresas com este modelo de negócios focado em desenvolvimento tecnológico, os chamados, Technology and Research Labs, poderiam ser a ponte entre o conhecimento gerado pelas universidades e institutos de pesquisa com as indústrias responsáveis pelo processo de produção e escalabilidade dos produtos e serviços para o mercado nacional e mundial.

Uma questão levantada por um dos participantes foi qual o significado de uma patente para as universidades e institutos de pesquisa brasileiros de forma geral. Quais os critérios que tem sido observados para justificar a realização de um processo de patenteamento de tecnologia. Ficou claro, mediante as discussões dos representantes norte-americanos que um possível caminho que pode ser percorrido para aperfeiçoar o processo de geração das patentes no Brasil é promover a capacitação de profissionais responsáveis pelo processo de transferência e comercialização de tecnologia com um forte viés de gestão de desenvolvimento de negócios.

Particularmente, os NITs poderiam ser estruturados tendo como ponto de coesão, a presença desses gestores de negócios tecnológicos avaliando a potencialidade comercial de cada uma das possíveis patentes. Deveria se atentar para a tese de que um processo de patente é positiva quando se deseja comercializar tal conhecimento tecnológico em um determinado horizonte de tempo. Saber negociar os royalties de uma patente é um potencial indicador de desempenho para os NITs no Brasil. Mediante a experiência norte-americana, uma forma correta de mensurar sucesso não é a quantidade de patentes e sim o valor financeiro advindo da comercialização dessas patentes.

A principal conclusão obtida pelos participantes é que existe uma inicial sinergia entre os dois países. Diante disso, os pontos que precisam ser trabalhados para viabilizar potenciais projetos e gerar relacionamentos de longo prazo envolvem a formação profissional e vivência empresarial focada em negócios tecnológicos, isto é, gerar mão de obra qualificada para serem os “catalizadores” dessa operação. São os agentes de inovação e negócios que podem contribuir para transformar a cultura empreendedora em nosso País.


Caneta digital é aplicada para área de manutenção de estruturas críticas

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A Cientistas em parceria com a representante exclusiva da caneta digital da Nokia no Brasil, a empresa Formulário Digital de Brasília (DF), desenvolveram uma aplicação para uma demanda na área de manutenção de estruturas críticas. Com a tecnologia desenvolvida é possível imprimir desenhos, provenientes de sistemas CAD, das estruturas a serem monitoradas para manutenção. Esta manutenção pode ser, por exemplo, referentes a pontos de corrosão, fissuras ou rachaduras, falhas na pintura, etc.

Com a impressão em mãos, os técnicos podem adquirir os dados (por exemplo, informações numéricas) que, posteriormente, serão analisados por sistemas computacionais, no próprio ambiente onde as estruturas se encontram. Exemplos de estruturas criticas são: plataformas de petróleo, pontes, navios, aviões, etc. A aplicação da caneta digital é adequada quando não é possível existir custos com treinamento de pessoal em campo e contextos de aquisição que não permitem o uso de dispositivos eletrônicos com tela, etc para obtenção de dados em campo.

A Cientistas é uma empresa de cinco anos de existência focada no desenvolvimento de produtos inovadores baseado em software e hardware para o mercado brasileiro e ibero-americano. A empresa possui sede na cidade de São Carlos (SP), capital da tecnologia, e base de prospecção de negócios em Brasília e em São Paulo. Nos últimos três anos já desenvolveu produtos inovadores com expertise em cinco áreas de aplicação tecnológica: robótica móvel inteligente, Instrumentação & Controle, Interação Homem-Computador, Integração de sistemas e Sistemas inteligentes de apoio à decisão. A empresa possui um método de gerenciamento de projetos que a USP desenvolveu especifico para a empresa e que foi baseada na prática de gestão ágil de projetos.